Bom dia, meninas. Hoje estava pensando na pauta para postar aqui no blog e ao mesmo tempo pesquisando sobre desmame, já que estou nesta fase difícil e delicada (Roxaylly Loren Tomáz - jornalista Editora Guia). Então lendo várias matérias e conselhos, achei interessante e resolvi compartilhar com vocês o que a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda para as mamães que querem desmamar seus bebês, mas que não têm coragem.Veja a seguir:
Atualmente,
a Organização Mundial da Saúde recomenda aleitamento materno por dois
anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses. Apesar dessa
recomendação, muito poucas mulheres no Brasil amamentam por mais de dois
anos. As razões para a não amamentação prolongada variam desde
dificuldade em conciliar a amamentação com outras atividades, até crença
de que aleitamento materno além do primeiro ano é danoso para a criança
sob o ponto de vista psicológico. Uma parcela de mães, apesar de
demonstrar desejo em continuar a amamentação, sente-se pressionada a
desmamar por profissionais de saúde, seus maridos, parentes, vizinhos e
amigos. Pois, para a manutenção do paradigma que sustenta a afirmação de
que amamentação prolongada não é natural, foi necessário criar vários
mitos tais como o de que uma criança jamais desmama por si própria, que a
amamentação prolongada é um sinal de problema sexual ou necessidade
materna e não da criança e que a criança que mama fica muito dependente.
Algumas mães, de fato, desmamam para promover a independência da
criança. No entanto, é importante lembrar que o desmame provavelmente
não vai mudar a personalidade da criança. Além disso, o desmame forçado
pode gerar insegurança na criança, o que dificulta o processo de
independização.
O desmame pode ser agrupado em quatro categorias básicas: abrupto, planejado ou gradual, parcial e natural. Sob a ótica de que o desmame é um processo de desenvolvimento da criança, parece razoável afirmar que o ideal seria que ele ocorresse naturalmente, na medida em que a criança vai adquirindo competências para tal. No desmame natural a criança se auto-desmama, o que pode ocorrer em diferentes idades, em média entre dois e quatro anos e raramente antes de um ano. Costuma ser gradual, mas às vezes pode ser súbito, como por exemplo em uma nova gravidez da mãe (a criança pode estranhar o gosto do leite, que se altera, e o volume, que diminui). A mãe também participa ativamente no processo, sugerindo passos quando a criança estiver pronta para aceitá-los e impondo limites adequados à idade. O Quadro 1 apresenta os sinais indicativos de que criança pode estar pronta para iniciar o desmame:
Quadro 1. Sinais sugestivos de que a criança está madura para o desmame
• Idade maior que um ano
• Menos interesse nas mamadas
• Aceita variedade de outros alimentos
• É segura na sua relação com a mãe
• Aceita outras formas de consolo
• Aceita não ser amamentada em certas ocasiões e locais
• Às vezes dorme sem mamar no peito
• Mostra pouca ansiedade quando encorajada a não amamentar
• Às vezes prefere brincar ou fazer outra atividade com a mãe ao invés de mamar
É importante que a mãe não confunda o auto-desmame natural com a chamada “greve de amamentação” do bebê. Esta ocorre principalmente em crianças menores de um ano, é de início súbito e inesperado, a criança parece insatisfeita e em geral é possível identificar uma causa: doença, dentição, diminuição do volume ou sabor do leite, estresse e excesso de mamadeira ou chupeta. Essa condição usualmente não dura mais que 2-4 dias.
Algumas vantagens do desmame natural encontram-se no Quadro 2:
Quadro 2. Vantagens do desmame natural
• Transição tranqüila, menos estressante para a mãe e a criança
• Preenche as necessidades da criança até elas estarem maduras para o desmame
• Fortalece a relação mãe-filho
• Ajuda a mãe a ser menos ansiosa com relação aos estágios de desenvolvimento de seu filho
O desmame abrupto é desencorajado, pois se a criança não está pronta, ela pode se sentir rejeitada pela mãe, gerando insegurança e muitas vezes rebeldia. Na mãe, o desmame abrupto pode precipitar ingurgitamento mamário, bloqueio de ducto lactífero e mastite, além de tristeza ou depressão, por luto pela perda da amamentação ou por mudanças hormonais.
Muitas vezes a mulher se depara com a situação de querer ou ter que desmamar antes de a criança estar pronta. Nesses casos, o profissional de saúde, em especial o pediatra, deve respeitar o desejo da mãe e ajudá-la nesse processo. O quadro 3 apresenta os fatores que facilitam o encorajamento do bebê para o desmame.
Quadro 3. Encorajando o bebê a desmamar: facilitadores
• Mãe segura de que quer (ou deve) desmamar
• Entendimento da mãe de que o processo pode ser lento e demandar energia, tanto maior quanto menos pronta estiver a criança
• Flexibilidade, pois o curso é imprevisível
• Paciência (dar tempo à criança) e compreensão
• Suporte e atenção adicionais à criança – mãe não deve se afastar neste período
• Ausência de outras mudanças ocorrendo: Ex.: controle dos esficteres
• Sempre que possível, desmame gradual, retirando uma mamada do dia a cada 1-2 semanas.
A técnica utilizada para fazer a criança desmamar varia de acordo com a idade da mesma. Se a criança for maior, o desmame pode ser planejado com ela. Pode-se propor uma data, oferecer uma recompensa e até mesmo uma festa. A mãe pode começar não oferecendo o seio, mas também não recusando. Pode também encurtar as mamadas e adiá-las. Mamadas podem ser suprimidas distraindo a criança com brincadeiras, chamando amiguinhos, entretendo a criança com algo que lhe prenda a atenção. A participação do pai no processo, sempre que possível, é importante. A mãe pode também evitar certas atitudes que estimulam a criança a mamar, por exemplo, não sentar na poltrona em que costuma amamentar.
Algumas vezes, o desmame forçado gera tanta ansiedade na mãe e no bebê, que é preferível adiar um pouco mais o processo, se possível. A mãe pode, também, optar por restringir as mamadas a certos horários e locais.
As mulheres devem estar preparadas para as mudanças físicas e emocionais que o desmame pode desencadear, tais como: mudança de tamanho das mamas, mudança de peso e sentimentos diversos tais como alívio, paz, tristeza, depressão, culpa e arrependimento.
Já se avançou muito na valorização do aleitamento materno nos últimos tempos. A recomendação da duração da amamentação passou de 10 meses na década de 30 para dois anos ou mais nos dias de hoje. Atualmente, fala-se em desmame natural como a forma ideal de desmame, sem especificar uma idade mínima ou máxima para que esse processo ocorra. Apesar desse avanço ainda estamos longe de encararmos o desmame como um marco do desenvolvimento da criança. Para chegarmos a este estágio, faz-se necessário entender e enfrentar as circunstâncias que, segundo Souza e Almeida, “ultrapassam a natureza e desafiam a cultura e a sociedade”.
O desmame pode ser agrupado em quatro categorias básicas: abrupto, planejado ou gradual, parcial e natural. Sob a ótica de que o desmame é um processo de desenvolvimento da criança, parece razoável afirmar que o ideal seria que ele ocorresse naturalmente, na medida em que a criança vai adquirindo competências para tal. No desmame natural a criança se auto-desmama, o que pode ocorrer em diferentes idades, em média entre dois e quatro anos e raramente antes de um ano. Costuma ser gradual, mas às vezes pode ser súbito, como por exemplo em uma nova gravidez da mãe (a criança pode estranhar o gosto do leite, que se altera, e o volume, que diminui). A mãe também participa ativamente no processo, sugerindo passos quando a criança estiver pronta para aceitá-los e impondo limites adequados à idade. O Quadro 1 apresenta os sinais indicativos de que criança pode estar pronta para iniciar o desmame:
Quadro 1. Sinais sugestivos de que a criança está madura para o desmame
• Idade maior que um ano
• Menos interesse nas mamadas
• Aceita variedade de outros alimentos
• É segura na sua relação com a mãe
• Aceita outras formas de consolo
• Aceita não ser amamentada em certas ocasiões e locais
• Às vezes dorme sem mamar no peito
• Mostra pouca ansiedade quando encorajada a não amamentar
• Às vezes prefere brincar ou fazer outra atividade com a mãe ao invés de mamar
É importante que a mãe não confunda o auto-desmame natural com a chamada “greve de amamentação” do bebê. Esta ocorre principalmente em crianças menores de um ano, é de início súbito e inesperado, a criança parece insatisfeita e em geral é possível identificar uma causa: doença, dentição, diminuição do volume ou sabor do leite, estresse e excesso de mamadeira ou chupeta. Essa condição usualmente não dura mais que 2-4 dias.
Algumas vantagens do desmame natural encontram-se no Quadro 2:
Quadro 2. Vantagens do desmame natural
• Transição tranqüila, menos estressante para a mãe e a criança
• Preenche as necessidades da criança até elas estarem maduras para o desmame
• Fortalece a relação mãe-filho
• Ajuda a mãe a ser menos ansiosa com relação aos estágios de desenvolvimento de seu filho
O desmame abrupto é desencorajado, pois se a criança não está pronta, ela pode se sentir rejeitada pela mãe, gerando insegurança e muitas vezes rebeldia. Na mãe, o desmame abrupto pode precipitar ingurgitamento mamário, bloqueio de ducto lactífero e mastite, além de tristeza ou depressão, por luto pela perda da amamentação ou por mudanças hormonais.
Muitas vezes a mulher se depara com a situação de querer ou ter que desmamar antes de a criança estar pronta. Nesses casos, o profissional de saúde, em especial o pediatra, deve respeitar o desejo da mãe e ajudá-la nesse processo. O quadro 3 apresenta os fatores que facilitam o encorajamento do bebê para o desmame.
Quadro 3. Encorajando o bebê a desmamar: facilitadores
• Mãe segura de que quer (ou deve) desmamar
• Entendimento da mãe de que o processo pode ser lento e demandar energia, tanto maior quanto menos pronta estiver a criança
• Flexibilidade, pois o curso é imprevisível
• Paciência (dar tempo à criança) e compreensão
• Suporte e atenção adicionais à criança – mãe não deve se afastar neste período
• Ausência de outras mudanças ocorrendo: Ex.: controle dos esficteres
• Sempre que possível, desmame gradual, retirando uma mamada do dia a cada 1-2 semanas.
A técnica utilizada para fazer a criança desmamar varia de acordo com a idade da mesma. Se a criança for maior, o desmame pode ser planejado com ela. Pode-se propor uma data, oferecer uma recompensa e até mesmo uma festa. A mãe pode começar não oferecendo o seio, mas também não recusando. Pode também encurtar as mamadas e adiá-las. Mamadas podem ser suprimidas distraindo a criança com brincadeiras, chamando amiguinhos, entretendo a criança com algo que lhe prenda a atenção. A participação do pai no processo, sempre que possível, é importante. A mãe pode também evitar certas atitudes que estimulam a criança a mamar, por exemplo, não sentar na poltrona em que costuma amamentar.
Algumas vezes, o desmame forçado gera tanta ansiedade na mãe e no bebê, que é preferível adiar um pouco mais o processo, se possível. A mãe pode, também, optar por restringir as mamadas a certos horários e locais.
As mulheres devem estar preparadas para as mudanças físicas e emocionais que o desmame pode desencadear, tais como: mudança de tamanho das mamas, mudança de peso e sentimentos diversos tais como alívio, paz, tristeza, depressão, culpa e arrependimento.
Já se avançou muito na valorização do aleitamento materno nos últimos tempos. A recomendação da duração da amamentação passou de 10 meses na década de 30 para dois anos ou mais nos dias de hoje. Atualmente, fala-se em desmame natural como a forma ideal de desmame, sem especificar uma idade mínima ou máxima para que esse processo ocorra. Apesar desse avanço ainda estamos longe de encararmos o desmame como um marco do desenvolvimento da criança. Para chegarmos a este estágio, faz-se necessário entender e enfrentar as circunstâncias que, segundo Souza e Almeida, “ultrapassam a natureza e desafiam a cultura e a sociedade”.
Vocês, mamães, que passaram ou estão passando por esta experiência, mande para nós suas dúvidas ou sugestões, comentários que nós postaremos para ajudar as demais mamães.
Nenhum comentário:
Postar um comentário