quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Refluxo: saiba como identificar e tratar



O refluxo nos bebês é comum e fisiológico, pode ser notado desde o nascimento. Um dos principais problemas que os pais de primeira viagem mais temem é a questão do refluxo (volta de líquidos/alimentos do estômago para a boca) em bebês, principalmente nos primeiros meses. Ele corre o risco de engasgar e o leite pode ser aspirado e ir às vias respiratórias. O esfíncter, uma válvula entre o esôfago e o estômago, não consegue impedir com eficiência que o alimento volte. Os movimentos de contração que empurram o leite para o caminho certo também não são tão eficientes. Em alguns casos, o refluxo fisiológico acontece sem o regurgito e pode até ser confundir com a cólica.
Tanto bebês que mamam no peito quanto bebês que tomam fórmula em pó podem regurgitar ou ter refluxo. Você deve conversar com o pediatra sobre as regurgitações, caso o seu bebê pareça não estar ganhando peso, se chorar muito sempre depois de mamar, se vomitar com muita freqüência, se começar a ter muita tosse e se ficar irritado, curvando-se para trás depois que mama. A criança é tratada somente quando o refluxo realmente atrapalha sua vida. Existem bebês que regurgitam mais que os outros, mas não têm nenhum outro desconforto e se desenvolvem normalmente. Neste caso, o tratamento não é necessário. Em situações mais graves, o pediatra pode receitar antiácidos, medicamentos anti-refluxo, produtos para engrossar um pouco o leite ou fórmulas anti-refluxo já preparadas. Use esse tipo de tratamento somente sob a orientação do médico. Pode ser que o médico prefira encaminhar o bebê para um gastroenterologista, que possa prescrever outros tipos de medicamentos.
 Grande parte dos bebês se cura naturalmente do refluxo com até um ano de idade, à medida que o músculo do esfíncter se fortalece. Acima de 2 anos, a criança reclama de dor abdominal e queimação, vomita e pode ter sintomas respiratórios, como a rinite, a rouquidão e a otite. Para evitar os riscos de refluxo em seu filho, é importante seguir algumas regras:

  •          Não deitar o bebê sem antes fazê-lo arrotar após a mamada;
  •      Se for trocar a fralda, faça isso antes da mamada ou espere que a digestão se complete para fazê-lo. Agitar o bebê, seja trocando-o, brincando ou passeando com ele após a refeição, faz com que o risco de o leite voltar do estômago para o esôfago aumente; 
  •          Estômago muito cheio é sinônimo de refluxo, já que o esfíncter ainda não funciona tão bem. A dica é fracionar a dieta, ou seja, oferecer menor quantidade de leite e distribuir a cota diária ao longo do dia, em várias pequenas refeições;
  •        Na hora da mamada, coloque o bebê em posição mais vertical. Assim a possibilidade de o alimento voltar é bem menor do que seria se você o mantivesse deitado;
  •       Incline o berço num ângulo de 30 graus, com o bebê deitado do lado esquerdo. A mudança favorece o deslocamento da bolha gástrica do estômago para perto do esôfago. Dessa forma, faz-se uma barreira de ar que dificulta o refluxo. São medidas simples que podem garantir um sono tranqüilo;
  •   Para bebês que se alimentam de fórmula, esta pode ser engrossada, já que o peso do cereal adicionado à fórmula ajuda o alimento a ficar mais tempo no estômago;
  •        Chupar chupeta aumenta a produção de saliva, e como esta é alcalina, ajudará a neutralizar o ácido no estômago;
  • Evite roupas justas, principalmente as peças que apertam na cintura não são aconselhadas para bebês que sofrem de refluxo.

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